ROMA, 02 Dez. 15 / 06:25 pm (ACI).- Em uma operação conduzida pela polícia da cidade italiana de Brescia nesta terça-feira, 1, quatro terroristas afiliados ao Estado Islâmico foram presos em uma operação conjunta com autoridades do Kosovo.
O grupo postava fotos nas redes sociais incitando o ódio racial, exaltando o jihadismo e lançavam ameaças contra o Papa Francisco através do chat. “Depois deste Papa não haverá outro”, dizia uma das conversas entre os presos, que também afirmavam que o terror atualmente vivido na Europa “é só o começo”.
A informação, veiculada pelo jornal italiano La Repubblica, indica que o grupo era comandado por Imishti Samet, cidadão kosovar que viveu por algum tempo na Itália e foi preso ontem no Kosovo. Os outros três terroristas desta célula jihadista foram presos em território italiano. Imishiti Ismail, irmão de Samet e outro cidadão de origem Kosovar foram detidos e expulsos do país. Já o quarto membro do grupo, um macedônio que vivia na cidade de Vicenza, permanece na Itália sob vigilância intensificada. Ele é acusado de participação em atos terroristas e teve seu passaporte confiscado.
“Lembre-se que não haverá um papa depois deste, ele é o último”, escreveram os islamistas kosovares nas suas redes sociais. Os quatro serão responsabilizados por crimes de apologia ao terrorismo e incitamento ao ódio racial.
O grupo, que aparecia em fotos com armas e bandeiras do Estado Islâmico, não deixou de exaltar os ataques em Paris em suas conversas afirmando: “Este é apenas o começo”.
“Os aviões franceses na Síria mataram mais de 47 pessoas: Oh, Incrédulos, vocês vão entender que contra o Islã não se luta, é inútil”, afirmaram em outra ocasião os jihadistas.
“Eles ameaçaram o Santo Padre Bergoglio, elogiaram os recentes atentados em Paris e ameaçaram a ex-embaixadora dos EUA no Kosovo”, afirma o superintendente da polícia de Brescia, Carmine Esposito em declarações divulgadas por La Repubblica. “Nas casas invadidas no Kosovo foram encontradas armas”, acrescentou Esposito, que garantiu que atuação dos quatro homens tinha “especial referência para realizar propaganda, recrutamento e financiamento do auto-intitulado Estado islâmico”.
No bate-papo de um dos terroristas presos constava ainda a ameaça de iminentes “visitas dos terroristas do Estado islâmico” ao Vaticano e de que dentro de cinco anos a Europa seria desgarrada e haveria uma só lei, a Lei Sharia.