Síria: Convento franciscano se torna refúgio ante combates em Aleppo

ROMA, 08 Ago. 16 / 01:15 pm (ACI).- O Pe. Firas Lufti, vice-pároco do Colégio da Terra Santa dos padres franciscanos, em Aleppo (Síria), informou que devido aos combates cerca de 100 pessoas se refugiaram em seu convento, onde especialmente os jovens puderam encontrar “a força para viver e esperar por um futuro melhor”.

 

Nos últimos dias, o exército sírio, apoiado pela força aérea russa, rodeou Aleppo e interditou a principal via de acesso. Entretanto, continuam ocorrendo os combates com grupos como Fath al-Sham – novo nome de Al Nusra, o qual no final do mês de julho rompeu com Al Qaeda – e outros grupos rebeldes, que fizeram uma contraofensiva.

Em declarações à Rádio Vaticano, o Pe. Lufti explicou que “o exército sírio oficial com seus aliados está cercando a cidade de Aleppo para enfrentar a avançada dos jihadistas”. Segundo ele, “sente-se os bombardeios dia e noite e, portanto, não se dorme”. “Não há paz na cidade. As pessoas têm medo”, afirmou.

O sacerdote, que chamou a atenção daqueles que tem poder mas não impedem a guerra, disse que no seu convento acolheram aproximadamente cem pessoas.

No convento, indicou, os jovens encontraram um lugar onde se distraem com o esporte. “Há disparos, mas é muito comovedor ver um pouco da alegria destes jovens, a força de poder viver e de esperar um futuro verdadeiramente melhor”. Entretanto, expressou sua preocupação pelas crianças.

O Pe. Lufti indicou que os mais pobres ficaram em Aleppo, porque quando começou a guerra, aproximadamente há cinco anos, aqueles que tinham mais condições econômicas deixaram a cidade.

“Atualmente em Aleppo vivem os mais pobres. Procuramos sair ao seu encontro, não só oferecendo comida, água”, mas também “abrindo este espaço de acolhida, de assistência espiritual e psicológica. As pessoas em Aleppo têm muita necessidade de serem escutadas”, assinalou.

Nesse sentido, assegurou que estas pessoas encontram no convento “este espaço de carinho, de paternidade e maternidade”. “Diria que o Senhor não nos deixa sozinhos se houver um pouco de consolação e de força para seguir em frente, porque o Senhor está presente e Ele é o Senhor da esperança, que nos ajuda a resistir e a esperar esta ressurreição depois do período da paixão e da morte”, afirmou.

 

 

 

Scroll to Top