Pastoral Juvenil: D. Joaquim Mendes indica que «é sinodal» se integrada na «realidade poliédrica» da Igreja

D. Joaquim Mendes explica caminho de «reflexão e ação» realizado nos encontros nacionais de formação

Lisboa, 01 set 2022 (Ecclesia) – D. Joaquim Mendes salientou que só uma pastoral que se renova, “a partir do cuidado das relações e da qualidade da comunidade cristã”, será “significativa e atraente” para os jovens e a Igreja, no contexto da formação ‘pastoral juvenil sinodal’.

“Ao longo destes quatro anos destacaria o caminho conjunto de reflexão e ação, passando de um trabalho por «setores» para um trabalho por «projetos», ou seja, passar da fragmentação à integração”, disse o presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família à Agência ECCLESIA.

D. Joaquim Mendes afirma que “num mundo fragmentado que cria dispersão e multiplica presenças”, os jovens precisam de ser ajudados a “unificar a vida”, lendo em profundidade as experiências quotidianas e fazendo discernimento.

‘Para uma pastoral juvenil sinodal – Acompanhar a nível de ambiente, comunidade e grupo, em ordem a uma pastoral Juvenil Sinodal’, é o tema do Encontro Nacional de Formação 2022, de 8 a 11 de setembro, no Seminário Diocesano de Leiria.

Os destinatários são os agentes de pastoral de dioceses, movimentos e congregações religiosas, que trabalham nos setores juvenil, das vocações e da família, no ensino superior e no ensino escolar.

A quarta edição deste encontro nacional dá continuidade à receção do Sínodo dos Bispos sobre ‘Os jovens, a fé e o discernimento vocacional’, de 2018, e conhecer e refletir sobre os seus três documentos fundamentais, o instrumentum laboris, o documento final, e a Exortação Apostólica pós-sinodal do Papa ‘Christus Vivit’ (Cristo Vive).

“Estes três documentos estão interligados como três carruagens de um mesmo comboio e devem ser lidos e estudados em conjunto; eles abrem-nos o horizonte dos novos caminhos para uma pastoral juvenil que responda aos desafios e anseios dos jovens de hoje, que eles mesmos expressaram no caminho sinodal”, indica D. Joaquim Mendes.

D. Joaquim Mendes com o Papa Francisco, no Sínodo dos Bispos

D. Joaquim Mendes lembra que o Papa Francisco, na exortação Cristo Vive, define “uma pastoral juvenil sinodal” como um «caminhar juntos», que implica uma «valorização dos carismas que o Espírito concede segundo a vocação e o papel de cada um dos membros da Igreja, mediante um dinamismo de corresponsabilidade».

“A sinodalidade é um modo de ser e de fazer da Igreja, povo de Deus constituído por jovens, idosos, homens e mulheres de todas as culturas e horizontes. A pastoral juvenil é sinodal na medida em que se integra nesta realidade poliédrica”, desenvolveu.

Segundo o responsável pela Comissão Episcopal do Laicado e Família, só uma pastoral capaz de se renovar a partir do cuidado das relações e da qualidade da comunidade cristã “será significativa e atraente para os jovens e a Igreja se pode apresentar-se-lhes como casa que acolhe”.

Sobre o formador deste encontro nacional, o padre Koldo Gutiérrez Cuesta, D. Joaquim Mendes começa por destacar o seu carisma de salesiano, e uma “síntese entre teoria e prática, reflexão e ação” que pode “ajudar e estimular a novos caminhos” para a renovação da pastoral juvenil em Portugal.

“Possuiu uma vasta experiência no âmbito do acompanhamento e formação quer de jovens, quer de animadores juvenis, em sintonia com as orientações do sínodo e com a sensibilidade do Papa Francisco, de quem afirmou que nele ‘os jovens encontram doutrina fresca’”, acrescentou.

As inscrições para o 4º Encontro Nacional de Formação para agentes pastorais estão a decorrer e podem ser feitas através de um formulário online.

O ano pastoral 2022/2023, que está a começar, vai terminar com a Jornada Mundial da Juventude de Lisboa, entre 1 e 6 de agosto do próximo ano, e para o bispo responsável pelo acompanhamento dos jovens têm “o grande desafio de motivação e mobilização” juvenil e das comunidades cristãs em relação à JMJ.

“As expectativas são de uma JMJ em contexto sinodal que envolva a todos e seja uma oportunidade de evangelização, quer em relação aos jovens quer em relação à Igreja inteira e ao mundo”, salientou o presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família.

CB

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