A Igreja Europeia ouve a voz angustiada de quem procura ajuda. E quer fazer mais

Terminou, no dia 26 de fevereiro, em Paris, o Fórum de pastoral social que reuniu CCEE, COMECE, Caritas Europa, Justitia et Pax Europa, ICMC e Eza

ROMA, 02 de Março de 2015 (Zenit.org) – Os responsáveis de algumas organizações católicas da Europa reuniram-se em Paris no dia 26 de fevereiro, na sede da Conferência Episcopal da França, para analisar em conjunto alguns dos desafios mais importantes que eles estão enfrentando no contexto da vida social em diferentes países europeus.

Caritas Europa, a Comissão Internacional para as Migrações Católica (ICMC), o Centro Europeu para Questões dos Trabalhadores (EZA), a Conferência das Comissões de Justiça e Paz na Europa, que, juntamente com COMECE e CCEE, compartilharam uma avaliação sobre as múltiplas necessidades dos cidadãos europeus.

Ao mesmo tempo, os participantes – informa um comunicado – constataram também o enorme esforço que faz a Igreja católica na Europa para permanecer junta dos mais necessitados através de iniciativas concretas a nível local, nacional e também internacional. Esta constatação é um convite a aprofundar ainda mais o espírito de colaboração entre todas as pessoas e organismos que prestam o próprio serviço no âmbito social para o bem dos outros. A Igreja católica na Europa ouve com preocupação a voz, muitas vezes angustiada, de quem procura ajuda, convicta de que é chamada a fazer ainda mais.

Seguindo o exemplo encorajador do Papa Francisco, a Igreja na Europa renova o compromisso de continuar a sair para encontrar aqueles que precisam dela e para cuidar e acompanhar com generosidade das várias pessoas que procuram ajuda nas Organizações católicas e nas várias comunidades cristãs, por meio das quais se lhes oferece toda ajuda possível além do consolo do Evangelho.

Alguns dos desafios analisados durante a reunião estiveram relacionados à questão do envelhecimento da população na Europa, explica a nota. Portanto: a crise econômica, que gera novos pobres e muitas desigualdades inaceitáveis; o número crescente dos migrantes; as transformações do multiculturalismo; o problema da instabilidade do trabalho, e acima de tudo, a situação provocante criada pelo desemprego dos jovens; a fragilidade das famílias; as guerras e outras tantas formas de violência, tanto dentro e quanto fora da Europa.

Estas questões sociais, apesar de serem tão diferentes, estão ligadas entre si, e não podem ser tratadas separadamente na promoção do desenvolvimento integral da pessoa humana. Um sincero e respeitoso diálogo social, que veja a todos igualmente comprometidos, se torna urgente.

Através de seus muitos atores, a Igreja Católica atua como guardiã de um bem que humaniza e como promotor de uma civilização do amor; expressa preocupação pela atual situação e espera que todos aqueles que têm responsabilidades políticas, sociais e econômicas se sintam igualmente comprometidos com toda a sociedade na busca de soluções concretas às realidades sociais difíceis dos cidadãos europeus, para envolver todos na promoção de uma economia que não mata, mas que desenvolve o bem comum.

A Missão da Igreja – reitera em conclusão o comunicado – é a de ser como o bom Samaritano, capaz de tornar-se próximo de todos oferecendo não só um consolo momentâneo, mas, especialmente a esperança no amor de Deus misericordioso.

 

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