Sua família quis matá-lo por deixar o Islã

BUENOS AIRES, 30 Ago. 16 / 05:00 pm (ACI).- “Deixar o Islã para seguir Cristo”, este é o testemunho de Joseph Fadelle, um iraquiano cuja conversão ao cristianismo o levou a viver a violenta perseguição nas mãos da sua própria família.

 

Descendente direto de Maomé, Mohammed estava destinado a ser o herdeiro do seu pai e liderar o clã de uma das famílias xiitas mais importantes do Iraque. Para ele, os cristãos eram inferiores, impuros e indignos de compartilhar com um muçulmano como ele.

Entretanto, durante seu serviço militar em 1987 conheceu Massoud, um cristão com quem teve que compartilhar o mesmo quarto e que com seu testemunho conseguiu mudar a visão que Mohammed tinha dos seguidores de Jesus Cristo.

Depois de se aprofundar nas raízes da fé católica, Mohammed teve uma crise existencial que mexeu com as bases da sua crença e, finalmente, fez com que abandonasse o islã e se convertesse ao cristianismo.

Mas, no Islã, mudar de religião constitui um crime. Por isso, Mohammed teve que manter sua conversão em segredo. Entretanto, após um tempo descobriram e ele foi preso e torturado pelo regime político de Saddam Hussein.

Quando o libertaram, Fadelle deixou o Iraque com a sua esposa e os seus filhos que também se converteram ao cristianismo. Foram à Jordânia, onde puderam se estabelecer de alguma maneira, mas seu tio e seus irmãos o encontraram e tentaram assassiná-lo. Mohammed foi baleado e seus familiares achavam que ele estava morto.

Depois de um atordoado período de perseguição nas mãos da sua família, Joseph conseguiu chegar à França, onde vive desde 2001 com sua esposa e seus filhos. Entretanto, pesa sobre ele uma fatwa, um decreto legal do Islã que dita sua sentença de morte e que não tem prazo de validade, por isso nunca mais poderá voltar ao seu país.

Joseph Fadelle relata sua história em seu livro “El Precio a Pagar” (O Preço a pagar, em tradução livre), publicado pela editora Logos na Argentina.

 

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