Rabino da Terra Santa chama cristãos de vampiros e pede que sejam expulsos de Israel

Os Bispo católicos, que já em outras ocasiões denunciaram as provocações e intimidações do rabino extremista, apelam às autoridades israelenses

 

Redação | 28 de Dezembro | ZENIT.org | Igreja e Religião | Roma

A Assembleia dos Bispos ordinários católicos da Terra Santa recebeu “com surpresa” e imediatamente condenou as recentes declarações anticristãs divulgadas pelo rabino Benzi Gopstein, justamente nos dias em que se celebraram cinquenta anos da declaração conciliar Nostra aetate, que abriu uma nova fase das relações entre judeus e Igreja católica, informou a Agência Fides.

Nos dias passados, o rabino, conhecido por suas posições extremistas e líder do movimento Lehava, que se opõe aos matrimônios entre judeus e não-judeus, publicou em um site a proposta – publicada pela imprensa israelense – de proibir as festividades cristãs e expulsar os cristãos de Israel “antes que estes vampiros” – escreveu Gopstein – “bebam nosso sangue”.

Em seu pronunciamento, o rabino acusava os cristãos de querer fazer proselitismo no Estado hebraico. Em declaração difundida pelos canais oficiais do Patriarcado latino de Jerusalém, a Assembleia dos Bispos ordinários católicos da Terra Santa condena firmemente as palavras “irresponsáveis do Rabbi Gopstein”, definindo-as “um insulto ao próprio diálogo” surgido depois do Concílio Vaticano II.

Os Bispo católicos, que já em outras ocasiões denunciaram as provocações e intimidações do rabino extremista, apelam às autoridades israelenses, frisando que afirmações semelhantes “representam uma verdadeira ameaça para a convivência pacífica no país”, diante da qual é preciso “adotar medidas necessárias, no interesse de todos os cidadãos”. No passado, o rabino Gopstein justificou os ataques e incêndios ateados em igrejas e mesquitas no Estado hebraico como tentativas legítimas de purificar a terra de Israel de cultos de idolatria. 

 

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