Papa: “Amar e perdoar são o sinal concreto de que a fé transformou o nosso coração”

Na audiência geral, o Santo Padre continuou sua catequese sobre o Ano Santo da Misericórdia, recordando que “a misericórdia e o perdão não podem ficar reduzidos a belas palavras”

 

Rocío Lancho García | 16 de Dezembro | ZENIT.org | Audiência Geral | Roma

O Papa Francisco continuou sua catequese sobre o Ano Jubilar na audiência geral. Nesta quarta-feira (16), ele deu algumas pistas sobre como viver este ano de misericórdia. Na Praça de São Pedro, milhares de pessoas aguardavam com alegria a chegada do Papa. Os peregrinos de todo o mundo, receberam Francisco com grande entusiasmo. Como de costume, o Papa parou várias vezes para abençoar os fiéis, especialmente as crianças.

No resumo da catequese que o Papa faz em português, ele destacou que “a misericórdia e o perdão não podem ficar reduzidos a belas palavras; são vida e dão vida neste Jubileu”. Ele explicou que é preciso “aderir de coração aos sinais que o caracterizam: cruzar a Porta Santa, abeirar-se do sacramento da Confissão, amar a todos e tudo perdoar”.

Francisco disse que quis aberta a Porta Santa em todas as dioceses do mundo, “para todos os fiéis poderem experimentar a graça do Jubileu” e reiterou que “aquela Porta indica o próprio Jesus que nos convida a entrar e repousar n’Ele, mas também nos impele a sair ao encontro dos outros, levando-lhes o seu abraço de amor e perdão”.

Por isso, “não teria grande eficácia o Jubileu, se a porta do nosso coração não se abrisse para deixar Cristo passar para os outros. Assim como a Porta Santa permanece aberta, porque é o sinal do acolhimento que Deus nos reserva, assim também há-de estar sempre aberta de par em par a nossa porta, sem excluir ninguém”, afirmou.

“Amar e perdoar são o sinal concreto de que a fé transformou o nosso coração, manifestando-se em nós a própria vida de Deus: amar e perdoar, como Deus ama e perdoa” – disse ele-. “Por vezes ouvimos pessoas lamentar-se de que não conseguem perdoar. É verdade que não é fácil perdoar – admitiu o Papa –  porque o nosso coração é pobre e, só com as nossas forças, não conseguimos perdoar; mas tornamo-nos capazes de perdão, se nos abrirmos a Deus e acolhermos a sua misericórdia em nós”.

“E como podemos acolher e sentir a misericórdia de Deus em nós?”- questionou o Santo Padre-.  “Abeirando-nos do sacramento da Confissão” – respondeu prontamente – .

Francisco explicou que o sacramento da Confissão nos reconcilia com Deus: “vendo o estado miserável em que nos deixaram os nossos pecados, que reconhecemos e Lhe confessamos, Ele enche-Se de compaixão ficando Ele com os nossos pecados e regenerando-nos como seus filhos; acolhe-nos no seu seio e encoraja-nos a seguir pela estrada do bem”.

Em seguida, o Santo Padre saudou os queridos peregrinos de língua portuguesa: “De coração vos desejo aquela misericórdia imensa e inesgotável que o Pai nos deu com o seu Filho feito Menino. Possam os vossos corações e as vossas famílias alegrar-se com a presença deste Deus feio Homem, a exemplo da Virgem Mãe que O concebeu por obra do Espírito Santo! Feliz Natal!”.

 

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