Roma, 09 Out. 15 / 04:04 pm (ACI).- Dom Jaime Fuentes, Bispo de Minas (Uruguai), assinalou: “quando a Igreja Católica afirma que o matrimônio é formado entre um homem e uma mulher, não ‘está inventando’ teorias, mas faz menção a uma realidade natural, a qual pode ser compartilhada inclusive com pessoas de outras religiões”.
Em declarações ao Grupo ACI durante o Sínodo dos Bispos, o Bispo uruguaio recordou: “antes de vir participar do Sínodo em Roma, visitei a universidade de Montevidéu no dia dedicado à família e durante a conferência final estive com uma rabina (judia), uma mulher de 29 anos casada e com dois filhos, que deu uma preciosa conferência explicando o que diz a Sagrada Escritura a respeito do matrimônio, da família e do plano de Deus para o homem e para a mulher”.
Esta explicação, disse, é uma prova de que “a Igreja não está inventando uma espécie de teoria, mas isto é um compartilhado por muitíssimas pessoas que entendem o tema do matrimônio entre homem e mulher como algo natural, e por essa razão, não é difícil chegar a uma única conclusão com pessoas que não vivem necessariamente a mesma fé”, como por exemplo neste caso.
O Prelado recordou que é natural do menor país da América Latina, onde o divórcio é legal desde 1907 e estão tentando legalizar o aborto, já legalizaram a maconha e estão perto de aprovar as uniões homossexuais. Isto evidencia que “existe uma luta contra a família, tema denunciado por João Paulo II na encíclica Evangelium Vitae (Evangelho da Vida). Não podemos nos enganar, pois as ajudas de países como os Estados Unidos estão condicionadas a políticas que atacam a família. Por isso a Igreja deve defender a família com coragem, valentia e muita confiança em Deus”.
Depois de recordar a intensa experiência vivida durante o Encontro Mundial das Famílias (Filadélfia) com o Arcebispo anfitrião Dom Charles Chaput e com o Papa Francisco, o Bispo uruguaio disse: “viver o amor na família, é a grande necessidade que temos na América Latina”.
“São João Paulo II dizia que as famílias cristãs farão que o mundo volte a sorrir. É difícil fazer isto, isso não é nenhuma novidade. O que queremos que seja uma novidade é aproximar-nos, como pede o Papa, às famílias feridas que estão passando por graves problemas. Por isso, é importante pedir ajuda ao Espírito Santo, porque não podemos dar resposta a tudo mas acredito que com a ajuda de Deus podemos e será possível fazer algo”, acrescentou.
Ao finalizar, o prelado afirmou deste modo que “a Igreja pode dizer muitas coisas, o importante é que cada filho de Deus, cada matrimônio e cada família assuma sua responsabilidade: e assim as famílias cristãs vivam com naturalidade sua própria vocação”.
“Estamos abertos à vida, porque nossa maior riqueza são os filhos. Confiemos na graça de Deus”, concluiu o Bispo uruguaio.