Roma, 12 Jan. 17 / 09:00 am (ACI).- O porta-voz do ministério dos assuntos religiosos da região autônoma do Curdistão (Iraque), Mariwan Naqshbandi, assinalou que durante o tempo no qual o Estado Islâmico (ISIS) dominou a planície de Nínive e Mossul, foram destruídos cerca de 100 lugares de culto, a maioria eram templos cristãos.
Em junho de 2014, o ISIS conquistou Mossul. A partir desta data, começou o êxodo de cristãos e outras minorias religiosas para o Curdistão. Depois, foram caindo Qaraqosh e outras cidades e vilas da província de Nínive.
Entretanto, com o apoio da coalizão internacional que lidera os Estados Unidos, as forças curdas e tropas cristãs foram recuperando cada uma das vilas e, em outubro de 2016, conseguiram expulsar os jihadistas de Qaraqosh. Atualmente, está sendo realizada a batalha para retomar Mossul.
Em relação aos templos destruídos, segundo informou no dia 10 de janeiro a agência vaticano Fides, Naqshbandi antecipou os conteúdos de um relatório que será publicado pela Comissão sobre os crimes cometidos pelos membros do ISIS em Mossul e na planície de Nínive durante o tempo em que estiveram sob seu controle.
Segundo fontes da Fides, o documento assinala que grande parte dos lugares de culto destruídos ou danificados são igrejas cristãs e certo número de templos yazidis ou pertencentes a outras minorias religiosas.
Para elaborar o relatório, a comissão recolheu informações concedidas pelas tropas curdas que participam da guerra de libertação contra o Estado Islâmico e está empenhada em reunir dados sobre a violência sofrida pelas mulheres durante a ocupação jihadista.