Tema foi debatido durante um seminário em Bruxelas
Bruxelas, 03 dez 2015 (Ecclesia) – Os líderes das várias Igrejas cristãs da Europa reuniram-se esta quarta-feira, num seminário em Bruxelas, para debater modelos e boas práticas de acolhimento aos migrantes e refugiados.
Segundo um comunicado da Comissão dos Episcopados Católicos da União Europeia (COMECE), enviado hoje à Agência ECCLESIA, os participantes mostraram a vontade em estar “na linha da frente da integração” destas pessoas, que buscam no continente uma vida nova, longe dos problemas que enfrentam no seu país de origem.
“Todos os responsáveis fizeram notar que as Igrejas na Europa são normalmente o primeiro e o mais importante ponto de contacto para migrantes e refugiados” que assim encontram “o suporte necessário para se adaptarem a uma nova sociedade”.
Neste contexto, “comprometeram-se a abrir espaço a mais formas de encontro entre os migrantes e refugiados e as sociedades de acolhimento, e a ajudar a esclarecer medos que possam surgir”, promovendo “uma imagem mais positiva” de quem vem de fora.
O seminário, que juntou representantes e peritos da COMECE, da Conferência das Igrejas Europeias e da Comissão das Igrejas para os Migrantes na Europa, relevou ainda “os aspetos pessoais e humanos desta crise, sublinhando que mais do que questões estatísticas ou económicas, está em causa a dignidade humana e o bem-comum”.
“O maior desafio é que a integração dos migrantes e refugiados possa ser pensada a longo-prazo”, garantindo a sua integração “nos diversos países e nos respetivos mercados de trabalho”, refere a COMECE.
Um objetivo que requer “políticas europeias claras, respostas coordenadas e o esforço de todos, de quem está a chegar à Europa e de quem já cá está”.
“A cooperação reforçada entre as autoridades públicas, a sociedade civil, as Igrejas e as comunidades religiosas irá consolidar a resposta a dar a esta crise”, conclui aquele organismo.