Catequese do papa Francisco: a oração dos avós é um grande dom para a Igreja

Prosseguem as catequeses sobre a família, com a importância dos idosos na sociedade e na Igreja

Por Rocio Lancho García

 

CIDADE DO VATICANO, 11 de Março de 2015 (Zenit.org) – Após um breve trajeto a bordo do papamóvel aberto, o papa Francisco celebrou a audiência geral das quartas-feiras em presença de milhares de pessoas na Praça de São Pedro. “Viva o papa Francisco!”, gritava a multidão ao ver o pontífice passar em meio ao povo. Ele saudava os fiéis e recebia nos braços algumas crianças para lhes dar uma bênção. Alguns fiéis lhe aproximaram cuias de chimarrão, que, como de costume, ele bebeu com gosto.

Prosseguindo a série de catequeses sobre a família, o papa tratou hoje dos avós e da importância que eles têm no seio da família.

No resumo final, Francisco declarou: “Queridos irmãos e irmãs! A catequese de hoje se concentra na importância que os avós têm na família e na sociedade. Certamente, é uma etapa especial da vida e, até certo ponto, uma novidade também para a espiritualidade cristã. Mas nosso Senhor nos chama a segui-lo em todos os momentos e circunstâncias. As pessoas mais velhas também têm uma missão e uma graça especial para poder cumpri-la”.

Ele recordou que “o Evangelho de Lucas nos fala dos anciãos Simeão e Ana, que estavam no Templo de Jerusalém, sempre atentos e à espera da vinda do Messias. E, quando o reconheceram no Menino Jesus, receberam novas forças para bendizer a Deus com um belo cântico de louvor e anunciar a libertação para todo o povo”.

Francisco explicou que, “assim como eles, os avós de hoje são chamados a formar um coro permanente no grande santuário espiritual do nosso mundo, a sustentar com a sua oração e a encorajar com o seu testemunho todos aqueles que lutam no campo da vida. A oração dos mais velhos é um grande dom para a Igreja e suas palavras são uma injeção de sabedoria para a sociedade, muitas vezes ocupada em mil coisas e distraída do essencial”.

Ele afirmou que “o coração dos avós, livre de ressentimentos passados e de egoísmos presentes, exerce uma especial atração sobre os jovens, que esperam encontrar neles um apoio firme na fé e mais sentido para a vida”.

A seguir, o papa saudou os peregrinos latino-americanos dizendo: “Queridos irmãos, como eu gostaria que a Igreja superasse a cultura do descarte, promovendo o reencontro feliz e o acolhimento mútuo das diferentes gerações! Rezemos todos por esta intenção. Obrigado”.

Depois das saudações em diferentes idiomas, o papa dedicou algumas palavras aos jovens, aos doentes e aos recém-casados. O Santo Padre observou que, neste mês, recordamos o quinto centenário do nascimento de Santa Teresa de Jesus, em Ávila, na Espanha. Por isso, fez uma prece para que os jovens sejam estimulados pelo vigor espiritual da santa carmelita descalça “a testemunhar com alegria a fé em sua vida”.

Para os enfermos, Francisco fez votos de que “a sua confiança em Cristo Salvador” os sustente nos momentos de maior desalento. Do mesmo modo, desejou para os recém-casados que o “incansável apostolado” da santa os convide a “colocar Cristo no centro da sua casa conjugal”.

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