Aumenta o número daqueles que não conhecem Cristo

Pronunciamento do cardeal Filoni na abertura da XIX Assembleia Plenária da Congregação, analisa os novos desafios e prioridades na evangelização e na missão

 

Roma, 01 de Dezembro de 2015 (ZENIT.org) Redação – “O número daqueles que não conhecem Cristo aumentam. De 7 bilhões de pessoas, os católicos são 1 bilhão e 254 milhões, ou seja, 17,7% da população mundial. Por outro lado, o número de batizados está aumentando em muitas partes dos territórios de missão”. Estes são dados oferecidos na apresentação do Cardeal Fernando Filoni, Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos (CEP), lida na abertura da XIX Assembleia Plenária da Congregação, que está sendo realizada no Auditório João Paulo II da Pontifícia Universidade Urbaniana de hoje 30 novembro até 3 dezembro.

O Cardeal observou que “o maior aumento é na África”. Ele disse que “em 2005, eram 153 milhões e em 2013 subiram para 206 milhões, um aumento de 34%, enquanto na América o aumento foi de 10,5% e 17,4% na Ásia”.

Na segunda-feira, a Assembleia foi presidida pelo Cardeal Giovanni Battista Re, enquanto o cardeal Filoni acompanhava o Santo Padre em sua viagem apostólica à África. Por isso, o pronunciamento do Cardeal-Prefeito foi lido pelo secretário da Congregação, Dom Savio Hon Tai-Fai.

Foi apresentada uma visão geral dos últimos seis anos desde a Assembleia Plenária anterior sobre as atividades da Congregação e a vida da Igreja nos territórios de missão. De 1094 em 2009 para 1111 hoje. Ele explicou que “para alcançar os objetivos que foram atribuídos, a Congregação conta com as Pontifícias Obras Missionárias (Propagação da Fé, São Pedro Apóstolo, Santa Infância e União Missionária). Destacou que “a validez atual das POM é o fato de trabalharem como uma rede internacional e nacional (obras colocadas sob a responsabilidade das Conferências Episcopais), diocesana e paroquial “.

Depois de ressaltar as “sombras e luzes” de cada um dos continentes, o Prefeito do Dicastério Missionário sublinhou as prioridades.

A primeira é a “evangelização nas áreas de missão e a animação missionária nas Igrejas de antiga fundação”, que constituem “um binômio inesperável e vital”. Por outro lado, provoca preocupação a difusão da mentalidade consumista, que “freia o entusiasmo, adormece as consciências e apaga as vocações”.

Outro aspecto destacado foi o empenho na formação. “Hoje, nas Igrejas jovens existem 344 Seminários maiores com um total de 26.836 seminaristas maiores; e 402 Seminários menores com um total de 48.727 seminaristas menores, acompanhados por 2.122 formadores. A Congregação está comprometida em garantir, também através de um compromisso econômico, a preparação de reitores, diretores espirituais, formadores e professores”.

Sobre a inculturação da fé e o diálogo inter-religioso, a Congregação para a Evangelização dos Povos “é motivada pelo valor de encarnar a fé nas culturas e promover o diálogo entre os vários credos, mas é convencida de que é preciso vigiar para evitar que seja falsificada ou prejudicada a imagem da pessoa de Jesus e sua mensagem”.

Outra questão que chamou a atenção foram as diferenças entre comunidades e tribos que, “ao invés de serem vistas como possibilidade de enriquecimento, são interpretadas como razão de contraposição”.

Por fim, foi destacado que um dos principais desafios é a proliferação de seitas que “aumentam em todos os continentes, alcançando as cidades, mas também povoados distantes, destruindo o que com esforço e zelo pastoral foi semeado pelos missionários e sucessivamente pelas Igrejas jovens”.

 

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