América 2015: Portugueses unem-se à festa do Encontro Mundial das Famílias em Filadélfia

Iniciativa que vai ser encerrada pelo Papa tem como tema «O amor é a nossa missão: a família plenamente viva»

 

Lisboa, 22 set 2015 (Ecclesia) – Os 11 portugueses que participam no Encontro Mundial das Famílias vão contactar a partir de hoje com diversas experiências de vida, esperando a mensagem do Papa nos atos conclusivos do evento, na cidade norte-americana de Filadélfia.

“Vamos encontrar-nos com famílias de todo o mundo e temos expetativa de partilhar experiências com pessoas de outras culturas, que têm outras realidades. No fundo vamos celebrar a família e encontrar-nos com o Papa”, disse Ricardo Irédio, do Departamento Nacional da Pastoral Familiar.

À Agência ECCLESIA, entre os preparativos para a viagem, destacou que o encontro com Francisco é para “motivo de grande alegria e expectativa” porque esperam que uma mensagem muito positiva e que também “se sinta acarinhado” por todas as famílias que vão ao seu encontro.

O presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família (CELF), D. Antonino Dias, marca presença no evento, duas semanas antes do Sínodo dos Bispos em que vai como delegado português, com D. Manuel Clemente.

“São sempre encontros muito positivos para quem participa e também para quem, mesmo ficando nas suas dioceses, assumiu a preparação à distância refletindo sobre as catequeses que o Encontro Mundial proporciona”, disse o bispo de Portalegre-Castelo Branco.

Já Elsa Irédio espera um “grande acolhimento e especial carinho” por todas as famílias, porque Francisco é “muito próximo do povo” e, desde sempre, “transmite a importância” que a família tem na sociedade.

“Com certeza e, ainda mais próximo do Sínodo, vai reforçar a mensagem que em contínuo vem transmitindo de que é preciso cuidarmos da família que é a essência da sociedade e como famílias católicas temos ser modelo”, acrescenta Ricardo Irédio.

A entrevistada adianta ainda que o objetivo é “tentar beber ao máximo” tudo o que se vai passar no Encontro Mundial das Famílias (EMF), participando nas conferências e atividades, para depois partilhar “esses ensinamentos” com as famílias portuguesas, nas jornadas nacionais da Pastoral Familiar, no respetivo departamento e Conferência Episcopal Portuguesa.

O 8.º EMF  tem como tema ‘O amor é a nossa missão: a família plenamente viva’ e termina este domingo, em Filadélfia, Estados Unidos da América.

O programa oficial começa hoje com um congresso temático até esta sexta-feira, seguindo-se dias de oração e encontro com Francisco, que vai presidir às cerimónias conclusivas, na noite de sábado e no domingo, perante uma multidão estimada em 1,5 milhões de pessoas, segundo os responsáveis do Conselho Pontifício da Família (Santa Sé) e da Arquidiocese de Filadélfia.

Sobre o tema do encontro, Elsa Irédio revela que tem um significado especial porque a sua missão é o amor e é algo que procuram transmitir “a todas as famílias”.

“Só com o amor é que de facto se cresce. Há aqui um amplo tema para ser mais aprofundado e discutido pela família”, observa.

Ricardo Irédio comenta a segunda parte do tema – ‘família plenamente viva’ – e considera que aos portugueses, “um povo alegre e bem-disposto”, é preciso reforçar a perspetiva de que só se “é família se viver com plenitude a sua missão”, reforçando-a como “escola do amor”.

Para a responsável, o EMF 2015 vai dar um “voto de confiança” ao Papa e aos bispos que a partir do dia 4 de outubro se reúnem em Sínodo, com o tema ‘A Vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo’.

“O que achamos fundamental é que toda a gente depois do documento que há de sair possa sentir-se acolhido porque, acima de tudo, enquanto Igreja e seguindo Jesus Cristo temos de ser seguimento para todos independentemente da sua condição”, acrescenta Ricardo Irédio sobre o próximo Sínodo dos Bispos, dedicado à família.

O membro do Departamento Nacional da Pastoral Familiar, “expectante” em relação aos resultados desta assembleia consultiva, adianta que não tem a “perspetiva de alterações radicais” mas uma abordagem “muito mais próxima de todos”, independentemente da situação da pessoa.

Agência Ecclesia

 

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