REDAÇÃO CENTRAL, 04 Fev. 16 / 05:00 pm (ACI).- A Internacional Planned Parenthood Federation (IPPF), matriz da Planned Parenthood Federation of America – acusada de traficar com órgãos e tecidos de bebês abortados em suas instalações –, está dedicada diretamente a promover o aborto nos casos de mulheres grávidas que estiverem contaminadas pelo vírus zika.
O vírus zika, pelo qual Organização Mundial da Saúde decretou uma emergência sanitária global no dia 1º de fevereiro, é contraído pela picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue e a chikungunya.
Alguns relatórios apontaram que mulheres grávidas infectadas com o vírus zika poderiam transmitir a doença aos seus bebês, causando microcefalia, uma doença na qual a cabeça do bebê é menor do que deveria ser. Entretanto, não existem trabalhos científicos concludentes e o Centro para o Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) disse que “necessitam de investigações adicionais para distinguir melhor esta relação”.
Em declarações à rede alemã Deutsche Welle (DW), o diretor geral da IPPF, Tewodros Melesse, assegurou que “o vírus zika deve ser combatido com o uso de anticoncepcionais e o aborto seguro, assim como com medidas contra os mosquitos”.
Até então, o vírus zika afetou o Brasil e grande número de países da América Latina, como México, El Salvador, Honduras, Colômbia e Paraguai. Nestes mesmos países, a IPPF investiu grandes quantidades de dinheiro a fim de promover a legalização do aborto.
Segundo o reporte financeiro da International Planned Parenthood Federation, em 2014 destinou mais de 10 milhões de dólares a fim de promover o aborto na América Latina. Sendo mais de 731 mil dólares destinados ao México.
A IPPF destinou mais de 1 milhão e 187 mil dólares à Colômbia, enquanto Honduras recebeu mais de 497 mil dólares. No caso do Paraguai, a International Planned Parenthood Federation contribuiu com cerca de 302 mil dólares para tentar legalizar o aborto.
Em 2015, após a revelação de que a Planned Parenthood traficava órgãos de bebês abortados em suas instalações, o Centro para a Promoção e Defesa dos Direitos Sexuais e Reprodutivos (PROMSEX) do Peru encabeçou uma carta qualificando os vídeos que desvendavam o caso como “ataques de grupos extremistas”.
Muitas instituições latino-americanas assinaram a carta, entre elas as brasileiras Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos e a Rede Médica pelo Direito de Decidir.
A plataforma pró-vida CitizenGO fez um abaixo assinado e reuniu mais de 30 mil assinaturas exigindo que não se instrumentalize o vírus zika para promover a legalização do aborto na América Latina.
“Ante uma epidemia de um vírus de impacto moderado, o que corresponde é uma resposta equilibrada e prudente: facilitem fumigadores aos governos, distribuam repelentes entre as populações potencialmente afetadas e façam uma campanha de comunicação a fim de combater o vírus”, isto foi o que exigiram as dezenas de milhares de assinantes à diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan.
A carta dirigida à diretora da OMS denunciou que “ninguém aproveite o vírus zika para promover sua campanha ideológica em contra do direito à vida do não nascido”.