MADRI, 26 Nov. 16 / 01:00 pm (ACI).- O Bispo da Diocese de São Sebastião, na Espanha, Dom José Ignacio Munilla, se pronunciou em sua conta no Twitter sobre o caso de uma menina recém-nascida que foi abandonada no dia 22 de outubro em uma lixeira da cidade.
“Querida mãe, embora não devesse ser assim, obrigado por dar à luz esta menina!”, disse o Bispo de São Sebastião.
O Prelado acrescentou ao final da mensagem a hashtag “#BienvenidaDonos-tiarra” (Bem-vinda Donostiarra), que é o modo como se chamam as pessoas que pertencem à cidade de São Sebastião, capital da província de Gipuzkoa.
Por sua vez, a deputada de Políticas Sociais de Gipuzkoa, Maite Peña, detalhou que a menina se encontra “em perfeito estado de saúde” e passará a viver com uma família de acolhida de urgência ao término de suas evoluções médicas no Hospital Donostia.
Do mesmo modo, assegurou que é “impossível compreender os motivos que podem levar alguns pais a atuar dessa forma tão cruel e desumana, ainda mais quando Gipuzkoa conta com um sistema de proteção à criança que pode dar resposta imediata e de qualidade a situações como a que pode ter levado a este caso”.
Dom José Ignacio Munilla sempre foi um forte defensor do direito à vida. Em 18 de fevereiro deste ano, através do Twitter, postou as palavras do Papa Francisco sobre o aborto: “O aborto não é um mal menor: é um crime. É descartar um para salvar o outro. É aquilo que a máfia faz”.
Além disso, em março de 2014, o Bispo escreveu uma carta pastoral na qual assinalava que não se pode “aceitar que a cada ano no País Basco haja 4000 abortos, que os preconceitos não nos impeçam de pensar, sentir e olhar de frente o drama do aborto e tenhamos um debate real, livre desses preconceitos (…) A causa da vida é pré-política e está acima de qualquer ideologia”.
Fez também um apelo à adoção com palavras de Santa Teresa de Calcutá: “Em vez de matá-lo, dê a mim”, e “enquanto houver aborto, não haverá paz no mundo”.
Em outra ocasião, em março de 2013, o Bispo denunciou que o aborto é um “massacre de inocentes” e um “holocausto silencioso”.
Nesse sentido, exortou a “dignificar” a adoção, ao mesmo tempo que recordou o compromisso da Cáritas de ajudar as mães gestantes em situação de pobreza.