Mensagem Comissão Episcopal do Laicado e Família para o Dia do Pai

19 de março de 2022

Comemorar o Dia do Pai é uma ocasião para contemplar o amor de Deus, fonte e origem de toda a paternidade, de que os pais são sombra e expressão junto dos filhos que acolhem, cuidam, educam e acompanham. “A sombra do pai não é só a história de uma paternidade, mas antes disso é a história de um grande amor”.

Ser pai é conviver com o desafio constante de fazer da vida uma referência válida, sabendo distinguir aquilo que é essencial e imprescindível do que é fútil e banal. Na circunstância atual, é pedido a cada pai que proponha aos filhos caminhos de liberdade, em contexto de rotundas complexas, repletas de ofertas sem sinalética válida e fiável.

A pedagogia para a liberdade é exigente, porque requer experiência e testemunho. Quantas vezes a liberdade prescinde do “não” diante do facilitismo mais cómodo! O “sim”, muitas vezes, pede maturidade e esta alcança-se com tempo e constância. O pai sabe que o amor é a base da educação. Nele nem o não é prepotência nem o sim é favor, mas ambos concorrem para o crescimento integral e livre de cada filho, tal qual é.

Nestes tempos difíceis de pandemia e de guerra em que vivemos, o pai é chamado a preparar os filhos para a vida mostrando-lhes os grandes valores, inclusive os eternos e imperecíveis. Deverá ser o mastro alto dos grandes ideais: da verdade, da humanidade, do altruísmo, do serviço fraterno e solidário; sendo filho do Pai revelado por Jesus, saberá oferecer aos seus filhos colo, ternura, escuta e fortaleza nos momentos de debilidade, cansaço ou medo. É mergulhando na paternidade de Deus-Pai que se aprende a ser pai!

Sempre em unidade com a mãe, o pai saberá ensinar cada filho a viver fora do colo paterno e a traçar, com criatividade, rumos audazes e empreendedores de realização e de futuro.

Agradecemos a todos os pais, neste seu Dia, por aquelas horas de silêncio de muitos dias, em que na fidelidade ao dever quotidiano sabem caminhar em família na viagem da vida. E aprendendo a escutar, dialogar e ler os sinais dos tempos, podem ser pais capazes de responder aos desafios desta época, abrindo janelas para horizontes de um promissor amanhã. É dia-a-dia que são pais, na constância humilde e na paciência criativa, sem desanimar.

Muito obrigado aos pais que continuam a dar a vida, oferecendo-se na sua debilidade e, por vezes, solidão, por aqueles que sempre procuraram amar e servir e pelos que precisam de um sopro de esperança. Para esses pais idosos ou doentes, que o nosso obrigado seja presença atenta e constante.

Que os pais, todos os pais, vivam e tenham consciência que a paternidade não é um cargo ou estatuto, mas um serviço amoroso vivido pelo resto das suas vidas.

Parabéns a todos os pais, em Dia do Pai!

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