REDAÇÃO CENTRAL, 26 Out. 16 / 06:00 am (ACI).- As cidades cristãs de Bartella e Karamlesh foram recentemente libertadas das mãos do grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS), como parte das ofensivas do exército iraquiano e peshmerga curda. Enquanto os jihadistas perdem o controlo do território, evidencia-se seu legado de destruição das cidades, especialmente dos templos cristãos.
Assim o explicou ao Grupo ACI Tanneguy Roblin, chefe adjunto da missão de SOS Chrétiens d’Orient (SOS Cristãos do Oriente) no Iraque.
O exército iraquiano e a tropa curda expulsaram o ISIS de Bartella em 21 de outubro e, no dia 24, conseguiram libertar Karamlesh, após intensos combates.
Em declarações em 24 de outubro, Roblin lamentou que em Bartella “algumas das igrejas tenham sido saqueadas e outras queimadas. Todo o povo está minado e agora é necessário iniciar um trabalho para destruir as minas deste local”.
Desde o dia 17 de outubro, as forças do exército do Iraque e as milícias peshmergas curdas avançaram para Mossul, a terceira maior cidade do país, tomada pelo Estado Islâmico em 2014. Em seu caminho, libertaram e sitiaram várias cidades.
No caso de Qaraqosh, a maior cidade cristã do Iraque, Tanneguy Roblin explicou que “a metade da cidade estaria sob o controle das forças iraquianas e dos combatentes cristãos que ajudaram nas batalhas”.
“Esperamos uma libertação bastante rápida”, assegurou.
Bashiqa também se encontra sitiada, explicou, enquanto Batnya “ainda enfrenta inúmeros combates. Testemunhei um ataque neste local, mas o povo ainda não foi libertado”.
Por outro lado, o povoado de Tel Kief permanece nas mãos do ISIS, embora “esteja acontecendo um ataque”.
Em recentes declarações recolhidas pela Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), Dom Louis Rafael Sako, Patriarca de Babilônia dos Caldeus, expressou sua esperança de que “a libertação de Mossul e Meseta do Nínive possa terminar bem”.
“Depois da liberação e no final destes conflitos, os governos ocidentais envolvidos deveriam assistir os refugiados para que voltem para suas casas; dar segurança às zonas de conflito; prover amparo completo para eles; restaurar seus direitos e propriedades; contribuir na reconstrução de povos e cidades; compensar os danos resultantes e ajudar na restauração do legado cultural e religioso de todos seus componentes”, assinalou Dom Rafael Sako.