Igreja: «Vivemos momento decisivo na renovação da pastoral juvenil» – D. Nuno Almeida

Bispos portugueses iniciam dia 20 visita Ad Limina ao Papa Francisco e à Santa Sé

Foto: JMJ Lisboa 2023

Bragança, 18 mai 2024 (Ecclesia) – D. Nuno Almeida, presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família, assumiu à Agência ECCLESIA o momento “decisivo” de renovação na pastoral juvenil e que isso será um tema a desenvolver com o Papa Francisco na visita Ad limina.

“Estamos num momento tão decisivo de renovarmos a pastoral dos jovens a partir das bases e falta-nos, sobretudo, este enraizamento nas comunidades locais”, afirmou.

Os bispos portugueses iniciam no dia 20 de maio, até ao dia 24 , a visita Ad Limina, ao Papa e à Santa Sé, que constitui uma obrigação dos bispos de todo o mundo, determinado pelo Direito Canónico, para apresentar relatórios das comunidades católicas em cada diocese.

A iniciativa acontece pela primeira vez desde setembro de 2015 e inclui encontros de trabalho com responsáveis dos organismos centrais de governo da Igreja Católica, os Dicastério da Santa Sé, e uma audiência conclusiva com o Papa Francisco.

D. Nuno Almeida referiu ter sido elaborado um relatório “bastante pormenorizado” e do qual foi necessário fazer uma síntese, que incide sobre “os jovens, a pastoral juvenil no pós-Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, no pós-sínodo”.

“Certamente que haverá da parte do Papa alguma palavra desafiante e responsabilizante”, assumiu.

Responsável também pela Famílias, o também bispo de Bragança-Miranda reconheceu o “caldo cultural” e espera “diálogo” com o responsável do Vaticano nesta área e “certamente, linhas orientadoras”.

Sobre a pastoral dos idosos, D. Nuno Almeida afirma uma “grande preocupação” e espera trazer “na mochila empenhos concretos para poder dar um contributo à altura dos tempos” atuais.

Questionado ainda sobre a realidade da diocese de Bragança-Miranda que levará ao Papa Francisco, o responsável fala num território de “densidade populacional mais reduzida” mais com uma “densidade de fé e vivência comunitária muito forte”.

“Isto responsabiliza-nos. Faz também com que procuremos acolher da parte do Santo Padre aquele desafio, aquele rumo que ele quer para a Igreja e o Papa não se tem cansado de falar numa Igreja sinodal, numa Igreja samaritana, numa Igreja em saída ou missionária”, assinalou.

CB/LFS/OC/LS

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