Igreja lembra crise demográfica

Semana da Vida decorre até 18 de maio sob o tema ‘Gerar Vida, Construir Futuro’

Lisboa, 12 mai 2014 (Ecclesia) – O Departamento Nacional da Pastoral Familiar (DNPF) está a promover até domingo a Semana da Vida sob o tema ‘Gerar Vida – Construir Futuro’ que alerta para as consequências da crise demográfica e da falta de solidariedade intergeracional.

A organização da iniciativa considera que em Portugal o “problema demográfico comece agora a ter contornos preocupantes”, dado que por um lado “subiu a esperança de vida, mas muitos idosos são abandonados e vivem numa solidão desumana e indigna de toda a pessoa” e por outro “a baixa natalidade, tendência de décadas, está agora a ser agravada pela crescente emigração, principalmente de jovens em idade de procriação”.

 “Sem jovens e sem casais jovens não temos crianças. E sem crianças não temos futuro!”, alerta o DNPF.

 Um cenário que para ser invertido precisa urgentemente de “uma política de proteção às famílias e à vida, capaz de criar condições concretas para que os casais tenham mais filhos e possam cuidar mais uns dos outros”.

 “É indispensável um diálogo mais próximo entre gerações, numa cultura de encontro e partilha, para valorizar a vida em todas as suas fases: desde a conceção ao nascimento, passando pela educação e pelo apoio recíproco permanente em cada dia”, refere a nota de apresentação da Semana da Vida.

O Departamento Nacional da Pastoral Familiar lamenta que a maioria das sociedades europeias esteja a “descurar o valor sagrado e inviolável da vida humana” por estarem “embriagadas” numa cultura do descartável e do facilitismo, “sob a capa de modernismo”.

“A Semana da Vida é uma oportunidade e um desafio para cada pessoa, grupo ou família, pensar em melhorar a qualidade de vida, sua e dos outros, nos âmbitos pessoal, profissional e comunitário, inspirando-se nos autênticos valores humanos e cristãos”, refere a nota de apresentação do guião da iniciativa.

A Igreja Católica lembra que “o aborto provocado, o abandono e a eutanásia não são aceitáveis, pois a vida não pode ser eliminada, mas deve ser protegida com atenção e carinho”, sendo para tal necessário que a “ciência e a técnica estejam sempre orientadas para o Homem e para o seu desenvolvimento integral”.

 O Departamento Nacional da Pastoral Familiar, da Comissão Episcopal do Laicado e Família, elaborou algumas sugestões para cada dia a fim de todos os interessados criarem “os seus próprios meios, para conseguirem momentos, pessoais e comuns, de interioridade e partilha”.

MD/OC

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