Grupos Pró-Família denunciam falta de equilíbrio nos Fóruns da Sociedade Civil na Cúpula das Américas

Líder americano pede para o presidente Obama não participar do encontro com os participantes dos Fóruns

BRASíLIA, 10 de Abril de 2015 (Zenit.org) – Organizações da sociedade civil de mais de 18 países da região denunciaram hoje a falta de equilíbrio nas deliberações dos fóruns da sociedade civil e a desproporcional participação de grupos de esquerda, bem como grupos radicais pró-aborto e LGBT. Afonso Aguilar, diretor executivo da Aliança Latiana do American Principles Project, organização pró-família localizada em Washington, DC, publicou um texto com diversas declarações.

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“Neste dia, tenho a honra de me juntar com representantes de organizações pró-família de mais de 18 países do Norte, Centro e Sul da América e do Caribe para condenar firmemente os esforços que têm ocorrido nos foros da sociedade civil desta Cúpula das Américas tentando silenciar aqueles que defendem a democracia e a liberdade, bem como os que defendem o direito à vida, à família e à liberdade religiosa.

Durante estes dias vimos sérias irregularidades no desenvolvimento dos fóruns da sociedade civil, incluindo problemas com as inscrições e arbitrariedade na metodologia e procedimento seguidos nas discussões. Muitas organizações pró-vida e pró-família, de fato, ficaram excluídas, enquanto que se fez um arranjo especial de organizações de esquerda procedentes de Cuba e se buscou que grupos que promovem uma agenda radical a favor do aborto e os chamados LGBT estivessem sobre-representados em cada um dos fóruns temáticos. É evidente que o objetivo foi tentar conseguir que as conclusões das mesas de trabalho dos fóruns estejam tendenciosas a favor de políticas particulares favorecidas por grupos de interesses extremistas LGBT e abortistas. E, se alguém tem dúvida, convido para que vá à sessão plenária com os presidentes e representantes de governo dessa tarde e escute a leitura das recomendações que foram aprovadas pelos fóruns para que se dê conta do corte marcadamente de esquerda delas.

Hoje, no entanto, me comprazo em dizer-lhes que os grupos pró-família não nos deixamos atropelar. Pelo contrário, crescemos perante esses obstáculos e nos organizamos de uma forma efetiva e coordenada para responder a estas típicas estratégias da esquerda baseadas no engano e na manipulação. Mais ainda, alegro-me informar-lhes que o saldo dos nossos esforços foi extremamente positivo. Embora não possamos dizer que conseguimos garantir que as recomendações das mesas de trabalho sejam plenamente objetivas e equilibradas, sim fizemos avanços importantes nessa direção. Por isso hoje nos sentimos vitoriosos e proclamamos com valentia que daqui em diante redobraremos nossos esforços para lutar em defesa da dignidade da pessoa humana e a integridade da família.

Que fique claro: não pode haver prosperidade com equidade se uma sociedade não protege a vida e não protege os mais fracos e se não reconhece a centralidade da família para o seu desenvolvimento integral.

Muito menos pode existir desenvolvimento sustentável em uma sociedade que pisa nas liberdades mais fundamentais, como a da expressão e liberdade religiosa, com a finalidade de impor uma ideologia particular.

Finalmente, é importante ressaltar que, na medida em que esses fóruns não foram verdadeiramente representativos da sociedade civil do nosso país, a reunião os presidentes e representantes do governo terão esta tarde com os grupos participantes tem caráter de farsa. As recomendações que os líderes de governo não escutarão não representam verdadeiro sentir do povo das nossas nações, nem são fruto de um verdadeiro consenso; são, só e nada menos, que a opinião de uns grupos de interesses de esquerda e socialmente liberais. Neste sentido, como cidadão dos Estados Unidos, peço encarecidamente ao Presidente Obama, meu presidente, que desista de participar deste encontro para que de nenhuma forma lhe dê validades a uns fóruns caracterizados pela falta de inclusão e equidade”.

As ONGs presentes representam parte da sociedade civil do Panamá, Equador, Uruguai, Jamaica, Brasil, México, Chile, Guatemala, Argentina, Peru, Colômbia e Estados Unidos.”

Afonso Aguilar

Diretor executivo da Aliança Latiana do American Principles Project

 

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