«A Igreja alegra-se com os êxitos e sofre com os fracassos de cada casal cristão»

Na catequese desta semana, Francisco refletiu sobre a beleza do matrimônio cristão. Antes da Audiência Geral, ele recebeu um grupo de crianças doentes

Vaticano, 06 de Maio de 2015 (ZENIT.org)

Bandeiras de todos os países cobriam a Praça de São Pedro para esperar o Papa Francisco na manhã desta quarta-feira. Como de costume, por volta das 9:30 (horário local), o Santo Padre chegou à praça onde milhares de fiéis o aguardavam ansiosamente. Antes, ele se encontrou com um grupo de crianças doentes, na Casa Santa Marta.

Durante o tradicional passeio pela Praça, ele desceu algumas vezes do papamóvel para cumprimentar mais de perto os presentes, e se entusiasmou ao encontrar um grande grupo de chineses que agitavam suas bandeiras com muita animação. Francisco também abençoou e beijou as crianças que lhe foram trazidas. E enquanto percorria os corredores da praça, uma orquestra tocava diversas músicas, entre elas, o famoso tango Por una cabeza.

Depois das catequeses das últimas semanas sobre o casamento e a complementaridade entre homem e mulher, o Papa refletiu esta semana sobre a beleza do matrimônio.

Resumindo em português, ele destacou que “hoje a catequese trata da beleza do matrimônio cristão, o qual não é simplesmente uma cerimônia, bela e ornamentada, que se realiza na igreja, mas um sacramento que gera uma nova comunidade familiar que edifica a Igreja”.

Ele citou São Paulo que afirma que, “no matrimônio, o amor entre os esposos é uma imagem do amor que existe entre Cristo e a Igreja”. E explicou que por isso, “os esposos estão chamados a viver a radicalidade de um amor que, iluminado pela fé, restabelece a reciprocidade da entrega e dedicação segundo o projeto original de Deus para a humanidade”.

“Neste sentido – prosseguiu o Papa- a Igreja participa plenamente na história de cada casal cristão: alegra-se com os seus êxitos e sofre com os seus fracassos”. “Isso é assim porque os esposos participam na missão da Igreja justamente enquanto esposos, dando testemunho da sua fidelidade corajosa à graça deste sacramento”- afirmou-. “Trata-se de um grande mistério, um tesouro levado em vasos de argila, mas sustentado pela misericórdia e ternura de Deus: um caminho na fé, no amor e na esperança, com as alegrias e fadigas de uma vida familiar”.

Por ocasião do 70º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, que será comemorado em algumas cidades nos próximos dias, o Papa confiou ao Senhor, por intercessão de Maria, Rainha da Paz, os votos de que “a sociedade aprenda com os erros do passado e que, diante dos conflitos atuais, que estão dilacerando algumas regiões do mundo, todos os responsáveis civis se empenhem na busca do bem comum e na promoção da cultura de paz”.

Em seguida, ele saudou em várias línguas os peregrinos presentes. Em português, saudou “particularmente os fiéis brasileiros de Ribeirão Preto: sede bem-vindos! Lembrai-vos que nunca estais sós: o Senhor crucificado e ressuscitado vos guia, nas vossas famílias e no trabalho, nas dificuldades e nas alegrias, para que leveis ao mundo a primazia do amor de Deus. Obrigado pela vossa presença!”.

Após as saudações, Francisco dedicou algumas palavras aos jovens, doentes e recém-casados, recordando que demos início ao mês mariano. Por isso, pediu que a Mãe de Deus seja um refúgio para os jovens “nos momentos mais difíceis”; que sustente os doentes ao “enfrentar com coragem a cruz de cada dia”. E aos esposos, desejou que Maria seja referência “para que a família seja um abrigo de oração e de compreensão mútua”.

 

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