Um “movimento popular” contra o gênero e a favor da família

É o objetivo que busca “Geração Família”, o congresso de Roma que no próximo sábado, como outro organizado em Milão, falará sobre os temas da antropologia

Roma, 14 de Outubro de 2015 (ZENIT.org) – No próximo sábado, 17 de outubro, um eixo dedicado à família natural e aos direitos das crianças unirá Roma e Milão. Na cidade de Milão às 15 horas, na Torre Pirelli, haverá um congresso organizado pela Região Lombardia com o título “Alimentar a família para alimentar o futuro”. O evento contará com a presença de palestrantes do mundo da ciência, da política e de associações pró-família.

E é precisamente o movimento principal das associações pró-família, ou seja, Manif Pour Tous Itália, que vai animar a manhã dos debates que acontecerão em Roma no Teatro Adriano, começando às 9h30. O congresso intitulado “Geração família”, através das contribuições dos escritores, filósofos, médicos e economistas, é uma resistência ao “totalitarismo de gênero” e tem como objetivo lançar as bases para uma “reconstituição antropológica”. Filippo Savarese, porta-voz da Manif Poru Tous Itália, anuncia em exclusiva para ZENIT do que se trata:

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ZENIT: O que vocês entendem por “reconstituição antropológica”?

Filippo Savarese: Devemos inaugurar uma nova época cultural na qual possamos voltar a falar leigamente da nossa civilização, especialmente quanto ao valor da pessoa, da família e dos temas relacionados, como o matrimônio e a filiação. Todos âmbitos antropológicos literalmente fundamentais hoje, bombardeados pelo relativismo, niilismo, individualismo, ou seja, os três ingredientes principais da ideologia do indiferentismo sexual (gênero). O Congresso do 17 quer ser um input neste sentido.

Devemos concordar que neste sentido é determinante a contribuição popular. Na praça São Giovanni, no dia 20 de junho, havia milhares de manifestantes. Como é possível mobilizar tantas pessoas em duas semanas?

Muito mais simples do que se imagina: marcando o encontro. Há mais de um ano se fazia circular a informação sobre os perigos da ideologia de “gênero”. Nasceu, assim, um movimento totalmente ignorado pelos meios de comunicação, que desembocou massivamente no dia 20 de junho em Roma, e que de lá tomou nova vida, dado que os encontros na Itália se multiplicaram e as famílias que voltam a comprometer-se pela sua liberdade educacional nos enchem a caixa de email de pedidos e adesões! Uma vez compreendido o caráter destruidor da ideologia de gênero, basta fixar um dia e um lugar e as pessoas vão espontaneamente de toda a Itália.

ZENIT: Em uma entrevista concedida a ZENIT há um ano você fazia um apelo a CEI “para que não tivesse medo e não ficasse em silêncio” diante “desta reestruturação ideológica da sociedade”. Durante estes doze meses, qual é a sua impressão sobre a atitude dos bispos italianos com relação a certos temas?

Filippo Savarese: A CEI e em particular o seu presidente, o cardeal Angelo Bagnasco, falou muito claramente sobre estas questões, recordando o que a Igreja ensina sobre a base do Evangelho. O mesmo Papa Francisco, no entanto, tem defendido abertamente o matrimônio, ligado ao direito das crianças de ter um pai e uma mãe, e atacou mais do que ninguém a “colonização ideológica” da ideologia de gênero, especialmente na escola. Apesar das falsificações midiáticas a bússola dos católicos funciona ainda perfeitamente. Quem segue outros caminhos o faz colocando em risco a sua consciência.

 

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