Fórum das Associações Familiares da Itália pede um ano de avaliações das novas políticas de apoio às famílias do país
ROMA, 04 de Dezembro de 2013 (Zenit.org) – As famílias italianas vêm colhendo uma série de decepções com as medidas supostamente de apoio lançadas pelo governo. A próxima delas também deverá tornar o natal no país um pouco mais amargo.
“Nós já tínhamos relatado as muitas questões críticas contidas no decreto que pretende melhorar o acesso a muitos serviços públicos”, diz Francesco Belletti, presidente do Fórum das Associações Familiares da Itália. “Continuam sendo insatisfatórias as ajudas para as famílias com filhos, ainda mais em situações de desconforto. A ‘escala de equivalência’ concebida pelo ministério não avalia de forma realista o impacto real do custo dos filhos quando cresce o número deles: segundo os dados do ISTAT, o primeiro filho tem um custo de 0,5 vezes o custo de um adulto; o segundo, de 0,62; o terceiro, de 0,78, e assim por diante. São custos bem mais altos que os da escala ISEE, aprovada ontem de manhã”.
As escalas em questão se referem a incentivos fiscais oferecidos às famílias italianas com base na quantidade de filhos e no custo que cada filho significa em termos de orçamento doméstico.
Uma avaliação adequada do custo dos filhos, para o presidente do Fórum, “além de ser uma medida de equidade e justiça social, também seria um sinal forte de luta contra o declínio da taxa de natalidade, que é uma emergência social real”.
Conclui Belletti: “Como fórum, nós pedimos uma revisão da proposta original. Vamos estudar cuidadosamente o decreto para entender o que é que foi acatado desse pedido. Enquanto isso, renova-se a exigência de um período de testes e de uma verificação final envolvendo também representantes das famílias. Em diálogo com as associações, talvez consigamos evitar os erros graves cometidos recentemente com outras legislações nessa área. Porque a conta a pagar é sempre e somente dos cidadãos e das famílias”.