ROMA, 28 Jan. 15 / 01:04 pm (ACI/EWTN Noticias).- Uma escultura da Virgem Mariaque ficou carbonizada depois dos ataques de muçulmanos há algumas semanas em Niamey (Níger), avivou a fé dos cristãos neste país africano, onde o Arcebispo Emérito da capital, Dom Michel Cartatéguy, motivou os sacerdotes a colocarem as cinzas que restaram de suas paróquias incendiadas para serem usadas na Páscoa.
Em 22 de janeiro Dom Michel Cartatéguy reuniu todos os sacerdotes para celebrar uma cerimônia em torno da imagem que foi queimada durante os ataques de 16 e 17 de janeiro.
Conforme informou o site da Igreja Católica no Níger, esta imagem de Nossa Senhora que ficou carbonizada “é algo muito simbólico, porque esta estátua, pertencente à paróquia de Santo Agostinho, é um dos raros objetos de piedade que não foram destruídos nos incêndios que atingiram as Igrejas”.
Os sacerdotes ofereceram à Virgem Maria o seu sofrimento e confiaram à Mãe de Deus as esperanças da comunidade cristã aturdida depois dos ataques contra os cristãos, onde morreram 10 pessoas e 12 Igrejas foram queimadas.
O Arcebispo Cartatéguy convidou todas as comunidades de sacerdotes a depositar as cinzas recolhidas de suas paróquias aos pés da estátua de Maria. “Esta imagem representa todas as imagens que foram queimadas… e são a prova de que Deus não nos abandona… estas cinzas que temos hoje aqui serão usadas para acender a chama da Páscoa. Sim, cinzas, nas quais também nós nos converteremos!”, afirmou Dom Cartatéguy.
Os ataques dos muçulmanos foram uma forma de protesto por causa das caricaturas de Maomé publicadas pela revista francesa Charlie Hebdo depois do atentado em Paris no último dia 7 de janeiro.
Também se informou que devido às Igrejas terem ficado gravemente danificadas, as missas do domingo 25 de janeiro foram celebradas em barracas, com assentos emprestados e altares improvisados. Inclusive em alguns casos os sacerdotes celebraram missas sem suas vestimentas litúrgicas, já que também foram queimadas nos ataques.
Durante a homilia, o novo Arcebispo de Niamey, Dom Laurent Lompo, e Dom Cartatéguy, encorajaram os fiéis a alimentarem a esperança e pedirem para que não voltem a acontecer atos de vandalismo, cujos danos -tetos destruídos, muros arrasados, e bancos queimados- estimam-se em mais de dois milhões de dólares.