Igreja: Papa critica religião de «aparência» e «ocasião de prestígio»

«Deus é concreto» mas muitas vezes a fé cristã fica confinada ao «dizer» em vez do «fazer», apontou Francisco

 

Cidade do Vaticano, 23 fev 2016 (Ecclesia) – O Papa criticou hoje quem faz do cristianismo uma religião “de aparência” e da ligação à Igreja Católica “uma ocasião de prestígio”, em vez de uma experiência concreta de fé em Deus e de empenho pelos outros.

“Deus é concreto” mas muitas vezes a fé cristã fica confinada a “uma religião do dizer” em vez do “fazer”, apontou Francisco, durante a missa desta manhã na Casa de Santa Marta, no Vaticano.

Lembrando “a hipocrisia dos escribas e fariseus que convidavam os discípulos de Jesus e a multidão a observarem o que ensinavam”; e a “vaidade” dos “doutores da lei e dos clérigos que gostavam de se vestir como reis”, o Papa argentino desafiou as comunidades cristãs a primarem pela autenticidade de vida, segundo a “verdade do Evangelho”.

“Ser cristão significa fazer: fazer a vontade de Deus. No último dia – porque todos teremos um – o que é que o Senhor nos vai pedir? Acham que ele dirá: ‘O que disseram de mim?’. Não! Ele vai-nos perguntar sobre as coisas que fizemos”, referiu.

“Esta é a vida cristã. Dizer, apenas, leva-nos à vaidade, a fazermos de conta que somos cristãos. E não se é cristão assim”, reforçou ainda.

Agência Ecclesia

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